Nos últimos anos, a ozonioterapia tem se destacado como um tratamento conservador de baixo custo e com poucos efeitos colaterais. Segundo pesquisas, a aplicação, além de ser simples e segura, é capaz de também diminuir o estresse e aumentar a sensação de bem-estar.

A técnica, portanto, é uma excelente coadjuvante em protocolos de Estética. No post de hoje, eu falo sobre 4 indicações da ozonioterapia.

Ozonioterapia na dermatite

Estudos têm comprovado que a ozonioterapia é eficaz na melhora dos sintomas da dermatite atópica, como alívio da coceira e redução da inflamação. 

Em suma, a ozonioterapia possui ação anti-inflamatória, uma vez que reduz a produção de citocinas pró-inflamatórias, imunoglobulinas e mediadores inflamatórios, como as prostaglandinas. Ainda, há uma correlação positiva entre a presença de Staphylococcus sp. e a gravidade da dermatite, o que torna a intervenção com ozônio uma estratégia eficaz para reduzir essas bactérias. Com isso, tem-se restauração da função de barreira da pele, fortalecimento do sistema imunológico e alívio da inflamação, resultando na melhora dos sintomas da doença.

Pesquisas recentes também indicam que a aplicação tópica do ozônio pode influenciar diretamente na umidade da pele, na produção de sebo e no equilíbrio do pH, afetando, assim, a microbiota cutânea.

Sugestão de parâmetro:

  • Aplicação tópica (água/óleo ozonizado)

Ozonioterapia na acne

O ozônio, a água ozonizada e o óleo ozonizado possuem propriedades antibacterianas e anti-inflamatórias, sendo, portanto, altamente eficazes no tratamento de diferentes formas de acne.

Segundo evidências, desequilíbrios na peroxidação lipídica desempenham um papel significativo na fisiopatologia da acne. A aplicação do ozônio contribui para a redução desse processo, ao mesmo tempo em que estimula as defesas antioxidantes endógenas. Quando utilizado como tratamento complementar, o ozônio pode acelerar a resposta terapêutica e prolongar os períodos de remissão da acne.

Parâmetro indicado:

  • Aplicação tópica e subcutânea
  • Dose de 10 mcg/mL

LEIA TAMBÉM: Cosmetologia na limpeza de pele

Ozonioterapia na celulite e na gordura localizada

Um estudo recente identificou diversas famílias de proteínas envolvidas no estresse oxidativo, bem como na remodelação e deposição da matriz extracelular na celulite. A partir disso, compreende-se que a ozonioterapia pode ser uma abordagem promissora para o tratamento da celulite, devido à sua capacidade de reduzir o estresse oxidativo celular.

Além disso, em determinados graus de celulite, observa-se um acúmulo excessivo de gordura subcutânea. Pesquisas demonstraram os efeitos positivos da ozonioterapia na redução da gordura localizada associada à celulite, reforçando a sua eficácia. 

A ozonioterapia contribui para a redução do volume do tecido edematofibrosclerótico, além de melhorar a microcirculação. A diminuição da gordura está associada ao efeito lipolítico do ozônio, que induz a oxidação lipídica nas ligações duplas de carbono dos ácidos graxos insaturados presentes na membrana dos adipócitos. Essa reação leva à lise celular, resultando na redução da espessura do tecido adiposo subcutâneo.

Como parâmetros, sugiro:

Gordura localizada

  • Aplicação subcutânea
  • Doses de 1 a 10 mcg/mL

Celulite

  • Aplicação subcutânea e intradérmica
  • Doses de 1 a 5 mcg/mL

Protocolos anti-aging

A disfunção mitocondrial é uma das principais marcas do envelhecimento, resultando no aumento da produção de espécies reativas de oxigênio (EROs) e na redução das defesas antioxidantes do organismo. Esse processo contribui para o acúmulo de danos oxidativos em proteínas e lipídios, comprometendo a produção de ATP e causando lesões no DNA mitocondrial. 

Ademais, a disfunção bioenergética, aliada à liberação de proteínas mitocondriais pró-apoptóticas no citosol, desencadeia diferentes vias de morte celular. A administração de ozônio pode modular mecanismos específicos para favorecer a sobrevivência celular, reduzindo os processos apoptóticos.

Estudos sugerem que o ozônio estimula o ciclo de Krebs, intensificando a carboxilação oxidativa do piruvato e aumentando a produção de ATP. Além disso, o fator de transcrição Nrf2, essencial para a resposta antioxidante, a regulação energética e a biogênese mitocondrial, está diretamente envolvido nos processos de envelhecimento. Assim, os efeitos antioxidantes do ozônio estão associados à ativação do Nrf2.

Além disso, aponta-se um efeito bioestimulador de colágeno, que melhora a textura da pele através da hidratação e elasticidade do tecido. A ozonioterapia, portanto, é uma modalidade de bioestimulação extremamente eficiente e com resultados naturais.

Dicas de parâmetros:

Bioestimulador

  • Aplicação subcutânea
  • Doses graduais (5, 10 e 15 mcg/mL)

Flacidez

  • Aplicação intradérmica
  • Dose de 10 mcg/mL

Um conteúdo completo sobre ozonioterapia poderá ser conferido no livro Eletroterapia de Precisão Aplicada à Estética, que será lançado ainda em 2025.

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here