Inserir-se no mercado de trabalho é um desafio para todos; mas, no mercado da Estética, essa dificuldade pode ser ainda maior. Afinal, estamos rodeados de tratamentos que prometem falsos milagres e de um ensino que não nos prepara plenamente para conduzir um negócio.
É por isso que trago, neste post, as 10 dicas que eu gostaria de ter recebido quando comecei a atuar na área da Estética e que teriam, com certeza, simplificado o meu início de carreira.
1. Atenda a domicílio
Abrir uma clínica logo de cara pode ser um tanto quanto perigoso, uma vez que, no início da carreira, não costumamos ter uma grande reserva financeira. Esse é o motivo pelo qual, quando entramos no mercado de trabalho, atender a domicílio é uma ideia excelente.
É claro que esse formato de atendimento exige que você se desloque constantemente e estabeleça um maior espaço de tempo entre uma consulta e outra, mas evita que tenha uma despesa fixa com aluguel de espaço, por exemplo.
2. Procure clínicas parceiras
Outra possibilidade de começar no mercado da Estética é prestar serviço em alguma clínica que você conheça e confie.
Coloque-se à disposição para atuar em uma área que aquele espaço ainda não oferece; por exemplo, caso já tenha uma profissional que atenda em corporal e facial, você pode trabalhar em capilar. Assim, todo mundo sai ganhando!
3. Invista no marketing em redes sociais
Segundo pesquisas, o Brasil é o segundo maior consumidor de redes sociais do mundo; em 2019, nós passamos cerca de 3 horas e 45 minutos por dia conectados.
Por isso, investir no marketing digital é, sem dúvida nenhuma, uma excelente forma de atrair pacientes.
A dica é: estruture bem o seu perfil online com uma boa foto de perfil, uma bio que expressa o seu propósito e quem você é, destaques organizados e um feed com conteúdo relevante.
É importante, também, coletar o máximo de feedback que conseguir; afinal, a indicação tem um nível de conversão muito grande.
4. Adquira recursos eficazes em mais afecções
No início da carreira, não indico que você invista em recursos que, apesar do seu alto nível de evidência científica, não possam ser aplicados em muitas afecções. Afinal, com uma reserva financeira menor, é arriscado adquirir algo que só será usado em casos muito específicos (como o jato de plasma, por exemplo).
Deixe para comprar esses equipamentos quando o seu negócio tiver certa estabilidade. Enquanto isso, aposte naqueles que têm amplo respaldo científico e possibilidades de uso diversas.
5. Caso queira abrir uma clínica, tenha uma boa proteção de caixa
Quer iniciar a carreira na sua própria clínica? Então, garanta que você tem uma reserva financeira suficiente para arcar com os custos dos aparelhos e com as despesas fixas que um espaço exige, mesmo que os primeiros meses sejam mais fracos em movimento.
Caso contrário, é provável que as dívidas venham e o seu estabelecimento feche as portas logo no início.
6. Estude as afecções e segmente as perguntas
Quando começamos a atender, é normal termos dúvidas e inseguranças.
Por isso, deixo como dica algo que eu seguia no início da minha vida profissional: antes das consultas, estude a fisiopatologia e os agentes causadores da afecção que o paciente tem, e segmente as perguntas que devem ser feitas. Você pode até mesmo anotar esses questionamentos em uma folha e usar como um guia durante a avaliação.
7. Não siga a moda; siga as evidências
A Estética está repleta de tratamentos da moda: aqueles recursos que fazem sucesso nas redes sociais, mas não entregam resultados reais na prática clínica.
O segredo é investir em equipamentos que têm eficácia comprovada e fugir daqueles que se tornaram virais instantaneamente na internet. Aguarde que estudos sejam publicados antes de aplicar qualquer recurso.
8. Capriche no pós-atendimento
Um atendimento não se resume apenas ao momento da consulta; ele deve compreender, também, os cuidados que você tem com o paciente a partir do momento que ele sai da sua clínica.
Então, ofereça um home care completo e bem explicado, pergunte como está o progresso do tratamento, e ofereça ajuda caso algo não esteja ocorrendo de forma adequada.
Mandar lembretes acerca do uso do protetor solar para alguns pacientes é parte do cotidiano da minha equipe. O pós-atendimento faz parte da experiência de consulta; não esqueça disso.
LEIA TAMBÉM: As 4 maiores dificuldades no mercado da Estética
9. Avaliação é consulta. Cobre por ela!
Infelizmente, ainda é comum que profissionais recorram à avaliação gratuita como forma de atrair mais pacientes. Porém, avaliar permite entender o quadro clínico e montar o plano de tratamento mais adequado; por isso, esse processo deve ser feito com calma e atenção, demandando tempo e investimento de recursos clínicos.
Existem formas mais eficazes de atrair pacientes do que a corrida de preços, como investir na criação de conteúdo de valor nas redes sociais.
10. Cuidado na hora de negociar preços
Como precificar o seu serviço? É comum que os pacientes tragam objeções ao realizar o pagamento, alegando que está muito caro ou que o concorrente cobra menos.
Porém, baixar o preço do seu trabalho compromete três pilares da clínica:
- Entrega de resultados: É improvável que você consiga aplicar recursos eficazes e com respaldo científico sem investir um valor considerável neles. Por isso, é preciso cobrar um preço que se adequa à qualidade do produto.
- Marketing: Normalmente, as pessoas associam preços baixos à inferioridade do trabalho. Caso o seu serviço não condiga com a precificação, ele será automaticamente desqualificado na mente dos pacientes.
- Gestão: Quando você tem altos custos, mas cobra pouco pelo atendimento, quem está pagando para trabalhar é você. Então, a gestão da sua clínica fica comprometida.
Conclusão
Ingressar no mercado da Estética é desafiador. Porém, com práticas adequadas que protegem tanto a sua vida financeira quanto profissional, é possível iniciar a carreira com o pé direito e garantir o sucesso na Estética.