A toxina botulínica é um dos principais protocolos de tratamento quando o assunto é envelhecimento facial. Em suma, o recurso é responsável por bloquear a liberação de acetilcolina, que se trata de um neurotransmissor que provoca a contração muscular.

Com isso, tem-se a paralisia temporária de alguns músculos, reduzindo, assim, as rugas e rítides. No post de hoje, trago 3 dicas sobre essa técnica tão eficaz na estética facial.

1ª dica: Principal indicação da toxina botulínica

Em primeiro lugar, é fundamental diferenciar os tipos de rugas. Na prática, percebe-se dois tipos de apresentação clínica: as rugas dinâmicas e as rugas estáticas.

  • Rugas dinâmicas: As rugas dinâmicas surgem apenas com a movimentação dos músculos faciais, quando o paciente sorri, franze a testa ou levanta as sobrancelhas, por exemplo. 
  • Rugas estáticas: Tratam-se de rugas permanentes e visíveis até mesmo quando o rosto está relaxado. O seu surgimento decorre da perda de colágeno, elastina e ácido hialurônico, além da ação dos movimentos musculares.

A toxina botulínica é eficaz no manejo das rugas dinâmicas, principalmente no terço superior da face, e atua prevenindo que se tornem, futuramente, rugas estáticas.

Ademais, a técnica pode ser aplicada na área de tricologia, para manejo da sudorese, e muito mais.

2ª dica: Contraindicações da toxina botulínica

Contraindica-se o uso da neurotoxina em pacientes com doenças pré-existentes do neurônio motor, como miastenia gravis, síndrome de Eaton-Lambert e neuropatias. 

Ainda, é fundamental considerar a integridade da estrutura anatômica onde a injeção será aplicada, incluindo os sistemas tegumentar e muscular, e conferir o histórico do paciente acerca de possíveis reações adversas à toxina ou à albumina presente na formulação.

Ademais, são contraindicações da toxina botulínica:

  • Aplicação em gestantes e lactantes
  • Pacientes imunocomprometidos
  • Histórico de queloides
  • Expectativas irrealistas quantos aos resultados do tratamento

Quando nos remetemos aos efeitos adversos, tem-se dor, eritema, edema, equimose, cefaleia, náuseas e hiperestesia de curta duração. Em casos mais raros, podem ocorrer sintomas semelhantes aos da gripe, fadiga, mal-estar e erupções cutâneas em regiões distantes do local da aplicação. Tratam-se, porém, de reações leves, transitórias e, muitas vezes, evitáveis.

3ª dica: Aplicação do botox

Em primeiro lugar, deve-se selecionar o tamanho da seringa de aplicação com base na dose de neurotoxina a ser administrada no paciente. As opções disponíveis incluem seringas de 100, 50 e 30 unidades, que também apresentam variações na escala de graduação: na seringa de 100 unidades, a marcação ocorre de 2 em 2 unidades, enquanto nas de 50 e 30 unidades, a graduação é de 1 em 1 unidade.

Não há um protocolo padrão no que se refere à aplicação da toxina botulínica. Porém, de modo geral, o profissional deve organizar o ambiente clínico e colocar o paciente na posição adequada para a marcação inicial e a aplicação do produto.

Deve-se fazer uma preensão do tegumento juntamente com o músculo subjacente e, em seguida, inserir a agulha lentamente com o bisel voltado, preferencialmente, para uma abertura de uma unidade pilossebácea. Somente após essa etapa, deve-se injetar lentamente a solução no local desejado.

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