Pesquisa revelada pela Laser and Medicine Surgery mostra como o LED azul pode estar acabando com os seus resultados na prática clínica de estética.

Calma, o LED Azul não é de todo ruim..

A sigla LED vem do inglês “Luz emitida por diodo”. Os LED’s são diodos que, quando submetidos à corrente elétrica emitem fótons (luz). Atualmente estes recursos vêm sendo amplamente utilizados na estética, principalmente por seus efeitos terapêuticos bactericida e fungicida.

Como bem mencionou uma grande amiga recentemente: Cuidado! LED não é brincadeira. Pois é, e eu complemento: Estética não é brincadeira!

Esta postagem é destinada à profissionais da estética que trabalham com LED AZUL ou pensam em trabalhar. Olha o que andei pesquisando…

Novas pesquisas mudam o rumo do uso do LED Azul na Estética

Começo elucidando: O LED azul pode estar diminuindo, ou inibindo seus resultados clínicos, principalmente se você visa a produção de fibroblastos e colágeno em seu paciente. Mas por quê?

Meu texto de hoje é baseado em dois artigos científicos, um deles já cito aqui no início, onde os autores referem que:

“A última década testemunhou uma rápida expansão da fotobiomodulação (PBM), demonstrando resultados encorajadores para o tratamento de desordens cutâneas. A confiança nessa abordagem, no entanto, é prejudicada pela falta de compreensão das cascatas moleculares desencadeadas pela luz”, e obviamente pela falta de conhecimento por parte dos profissionais sobre seus efeitos biológicos.

Led AZUL não serve para TUDO.

Pois bem, o problema é que muitos profissionais têm colocado o LED azul em protocolos de tratamento que verdadeiramente em grande parte dos casos não o requerem:

  • Durante a limpeza de pele não contaminada por agentes patógenos;
  • Antes ou depois de peeling químico;
  • Antes ou depois de técnicas de microagulhamento;
  • No tratamento de cicatrizes hipotróficas.

IMPORTANTE: não estou dizendo que o LED azul não pode ser usado nestes casos supracitados, aliás devem, desde que o paciente tenha realmente indicação, ou seja, desde que a ação bactericida ou fungicida seja almejada.

Mas vamos ao ponto chave, em quais tratamentos o LED AZUL não deve ser utilizado?

Em todos aqueles que se busca exclusivamente a produção de fibroblastos e colágeno, exemplo:

  • Rugas;
  • Flacidez de pele;
  • Estrias de Pele;
  • Cicatrizes hipotróficas.

Mas porque o LED azul não é indicado para estes procedimentos?

Porque pesquisas publicadas em jornais de altíssima qualidade da nossa área mostraram que o LED AZUL inibe a proliferação de fibroblastos e pró-colágeno, como você pode ver nos gráficos abaixo:

Como você pode evidenciar nos gráficos, após a aplicação do LED azul, há uma redução considerável no número de fibroblastos (FIGURA 1), o mesmo acontece, quando o LED azul é aplicado em pró-colageno I (FIGURA 2), os resultados mostraram que apenas 2 joules já é suficiente para diminuir a proliferação dessas células de origem papilar e também reticular.

Conclusão: Continue estudando!

Esses dois estudos mostram um importante impacto do LED azul sobre células humanas, respostas essas, dose dependentes. Em síntese como se pode ver nos gráficos, o LED azul inibe consideravelmente a proliferação de fibroblastos e pró-colágeno, o que pode vir a minimizar os efeitos de técnicas que buscam a melhora das rugas, flacidez de peles, estrias ou até mesmo cicatrizes hipotróficas.

Por fim, cabe ressaltar que, em contrapartida, temos um importante recurso para tratamentos de afecções cutâneas que antes lamentávamos a falta de ferramentas terapêuticas, como:

  • Cicatrizes hipertróficas
  • Quelóides
  • Fibroses

Entenda os estudos aqui no vídeo:

Mais estudos:

Você trabalha com o LED AZUL? O que pode me contar das suas condutas e resultados? Fique à vontade para compartilhar, criar discussões construtivas e fazer deste espaço um campo aberto para conhecimento e troca de informações!

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