Será que temos maturidade para discutir o tema pacientes x clientes?

Particularmente, paciente me traz a conotação de doença e cliente a ideia de venda e consumo. Qual termo é o melhor para profissionais que trabalham com estética, ou melhor, saúde?

Este texto nasce com um único objetivo: discutir e ampliar o conhecimento acerca do assunto. Não tenho aqui a pretensão de mudar a tua forma de abordagem, mas, sim, te instigar ao seguinte raciocínio…

Vejo, cotidianamente, muitos profissionais que trabalham com estética se sentindo marginalizados por alguns profissionais da saúde que chegam a defender que não deveríamos estar alocados na área das ciências biológicas e da saúde e, sim, na área de bem-estar e embelezamento (não que esta área seja menos importante).

Fico extremamente aflito com tais colocações, mas tenho notado que isso, talvez, seja reflexo de como nós mesmos nos portamos frente ao nosso público alvo, além das ilimitadas promoções oferecidas por parte das clínicas e da venda indiscriminada de produtos e aparelhos. Será que o uso da denominação cliente pode estar ampliando esse entendimento?

Antes de seguirmos tal discussão vamos trazer os conceitos:

Aí te pergunto: qual termo você acha mais adequado? Paciente ou Cliente?

Tu deves estar se perguntando, mas professor Tassinary, você trouxe o Wikipédia para seu post, cadê seus infames artigos científicos?
– Um dos meus prediletos é esse, publicado na revista da Canadian Medical Association:

Para tentar responder a esta pergunta, o autor entrevistou 101 pessoas frequentadoras de uma clínica da área da saúde e descobriu que a maioria (74) preferia o termo “paciente”. Muito bem, isso quer dizer que os frequentadores de nossos espaços de saúde também preferem? Claro que não! Mas o artigo traz um insight importante:

“Paciente” continua sendo o melhor termo individual para a pessoa receber cuidados de saúde, e acredito que seu uso deve ser contínuo em instituições de saúde em geral.

Por fim, quero ressaltar que respeito e entendo os diversos e distintos posicionamentos, acreditando que qualquer termo que venhamos a usar tem implicações poderosas para o bem-estar dos que nos procuram.

Profissionalmente, prefiro “paciente”, e se você pensa diferente, é importante que assim como eu nunca perca de vista o ser humano por trás do termo.

E na dúvida, siga o que o artigo científico sugere, pergunte no momento do atendimento como a pessoa gostaria de ser chamada, creditando assim, mais empatia aos seus atendimentos. Nós profissionais da saúde temos por premissa prezar pelo bem estar dos atendidos, e a acolhida é o primeiro passo para uma parceria de sucesso entre nós!

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