A limpeza de pele é uma das técnicas mais consolidadas pela Ciência, sobretudo para tratamentos estéticos faciais. Embora existam diversos recursos eficazes para esse procedimento, o peeling de diamante se destaca como um dos mais utilizados.

Mas será que se indica a técnica em todos os casos? Quais são os cuidados que deve-se tomar com a microdermoabrasão? É sobre isso que vamos falar no post de hoje.

O que é microdermoabrasão?

O peeling de diamante é uma das técnicas de microdermoabrasão, recurso que se popularizou na década de 80. De modo geral, o aparelho consiste em um gerador simultâneo de pressão positiva e negativa que provoca erosão nas camadas da epiderme.

As respostas fisiológicas geradas dependem da forma de aplicação. Nesse sentido, pode-se elencar a microdermoabrasão de modo a apenas retirar uma parte do estrato córneo sem resultar em lesão no tegumento, ou, ainda, promover uma lesão controlada na epiderme, levando à regeneração tecidual. 

O recurso divide-se em dois tipos: peeling de diamante e peeling de cristal. 

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Peeling de diamante

O peeling de diamante é um equipamento com diversas lixas que apresentam várias granulometrias e diâmetros, permitindo o uso em diferentes regiões do corpo, como colo, pescoço, face e corpo. 

Acopla-se a lixa do aparelho na caneta e liga-se a caneta a um equipamento gerador de vácuo. A técnica foi desenvolvida na Austrália, na década de 1990.

Peeling de cristal

O peeling de cristal, por outro lado, trata-se da combinação de vácuo e cristais em um sistema fechado. Em síntese, os cristais são enviados até a ponteira de uma caneta, e a pele é sugada, através de outro compartimento, para dentro do aparelho, resultando em um efeito abrasivo.

A pressão negativa captura os resíduos de pele e cristais.

De modo geral, ambos os tipos de microdermoabrasão apresentam efeitos fisiológicos semelhantes.

Peeling de diamante na limpeza de pele: sim ou não?

Tendo em vista os efeitos fisiológicos do recurso, torna-se evidente a eficácia do peeling de diamante em tratamentos estéticos faciais, em especial no manejo da limpeza de pele.

No entanto, há algum caso em que a técnica não é indicada?

Quando nos remetemos à fisiopatologia da acne, tem-se hiperqueratinização, acúmulo de gordura na unidade do folículo pilossebáceo, proliferação bacteriana e processo inflamatório. Corneócitos dentro da unidade do folículo pilossebáceo tampam o folículo e, desse modo, repreendem a gordura, o sebo e a bactéria com infiltrado inflamatório. 

Ao elencar o peeling de diamante, que remove o estrato córneo para facilitar a extração, é essencial considerar os casos em que há um infiltrado inflamatório envolvido na patogênese, como na acne inflamatória, por exemplo. A remoção dos corneócitos pode induzir vasodilatação, exacerbando a inflamação e aumentando o risco de desconforto para o paciente.

Portanto, o peeling de diamante é, sim, eficaz na limpeza de pele; porém, em caso de infiltrado inflamatório na infecção, não é indicado elencar o recurso. Por outro lado, pode-se aplicar a técnica com eficácia e segurança em peles resistentes, principalmente naquelas que apresentam comedões abertos ou fechados. 

No procedimento de limpeza de pele, não busca-se gerar lesão do tegumento. Assim, indica-se, como parâmetros:

  • 2 passadas
  • -200 mmHg de pressão

Seguindo as parametrizações ideais e atentando à fisiopatologia das afecções, torna-se possível elencar o peeling de diamante com segurança e assertividade.

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