O envelhecimento desencadeia alterações estruturais significativas no sistema tegumentar. Entre os principais sinais clínicos, observa-se atrofia, enrugamento, ptose e lassidão cutânea, manifestações que podem ser atenuadas por meio de protocolos de rejuvenescimento, em especial através dos peelings químicos.

Trago, hoje, 5 dicas de ativos e as suas respectivas concentrações para tratamento.

Ácido glicólico no rejuvenescimento

O ácido glicólico exerce efeitos que variam de acordo com a sua concentração, pH, veículo de aplicação e o tipo de pele do paciente. Como resultado de aplicação, pode-se obter um leve afinamento epitelial e melhora de linhas de expressão e rugas superficiais. 

Como métodos de ação para rejuvenescimento, podemos citar a sua eficácia na capacidade de promover renovação celular, hidratação cutânea e vasodilatação na junção dermoepidérmica, o que resulta na estimulação da atividade fibroblástica.

Para estimular os fibroblastos e favorecer a produção das fibras dérmicas e de outros componentes da matriz extracelular, o ativo deve ser capaz de ultrapassar a junção dermoepidérmica e induzir respostas inflamatórias controladas na derme papilar. A eficácia da permeação está relacionada ao potencial abrasivo do ácido, que se intensifica com o uso de concentrações mais elevadas e pH mais baixo.

Na epiderme, sendo utilizado como peeling químico superficial, o ácido glicólico estimula a renovação celular e aumenta a hidratação cutânea. Com isso, corrige linhas de expressão, melhora a textura da pele e reduz hiperpigmentações superficiais. 

Na derme, por outro lado, atua como um peeling de média profundidade, desencadeando respostas inflamatórias locais e promovendo vasodilatação, melhora da oxigenação e da nutrição tecidual. A partir disso, estimula a mitose dos fibrócitos, que retomam a produção de fibras de colágeno, elastina e glicosaminoglicanos, o que corrige desde rugas finas a profundas.

Em cabine: concentrações de 20% a 70%
Home care: concentrações de 1% a 10% em sabonetes líquidos e formulações dermocosméticas
Veículo indicado: solução aquosa
pH de 0,6 a 1,7 para efeitos mais abrasivos; de 3,5 a 3,8 para abrasão intermediária, e 4,5 para abrasão leve

Ácido pirúvico

O ácido pirúvico apresenta efeito vasodilatador, favorecendo, a partir disso, a indução de reações inflamatórias na derme. Assim, resulta no aumento da oxigenação e da nutrição tecidual, além de estimular os processos de neocolagênese e neoelastogênese. Essa ação promove a formação de novas fibras dérmicas e uma maior deposição de ácido hialurônico, contribuindo para a correção de linhas de expressão e rugas, especialmente nas regiões palpebrais e periorais.

Em cabine: concentrações de 40% a 50%, dissolvido em etanol ou solução hidroalcoólica
pHs mais baixos promovem maior abrasão, e pHs mais altos são menos abrasivos

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Ácido retinoico

O ácido retinoico é capaz de aumentar a espessura epidérmica, reduzir a expressão de metaloproteinases e estimular a síntese de colágeno. Estudos apontam que a sua eficácia está na indução da produção de colágeno, promovendo, dessa forma, a suavização de linhas de expressão e rugas finas. 

Ademais, percebe-se efeitos positivos na amplificação da expressão gênica de elastina e fibrilina-1, favorecendo a formação de fibras elásticas.

Em cabine: concentrações de 5% e 8% para a produção de peeling químico superficial e 10% para peeling médio
Home care: 0,025% a 0,1%

Aplicação de peeling químico para rejuvenescimento.

Ácido tricloroacético

Os mecanismos de ação do ácido tricloroacético abrangem, em suma, desde a esfoliação química da epiderme até a correção da flacidez e de rugas finas e profundas, atuando no rejuvenescimento por meio de sua ação na derme papilar e, em alguns casos, em camadas mais profundas. 

Em suma, o pH da solução e o tempo de exposição à pele influenciam diretamente a profundidade de sua penetração e seus efeitos terapêuticos. Quando atinge a derme papilar superficial, o TCA promove vasodilatação e aumento do fluxo sanguíneo, desencadeando um processo inflamatório controlado que estimula a neocolagênese e a neoelastogênese. Assim, resulta em melhora da textura, elasticidade e aparência das rugas.

Em cabine: concentrações de 20% a 35%

Ácido fenólico (fenol) para rejuvenescimento

Na concentração de 25%, o fenol atua, no rejuvenescimento, como um agente de peeling químico de média profundidade, induzindo reações inflamatórias localizadas na derme papilar superficial. Por meio disso, estimula a atividade dos fibroblastos, promovendo o aumento da síntese de fibras colágenas e elásticas, e uma maior deposição de glicosaminoglicanos dérmicos, como o ácido hialurônico.

Então, observa-se melhora significativa da textura e elasticidade da pele, além da atenuação de rugas, cicatrizes e hiperpigmentações.

Em cabine: concentração de 25% em solução hidroalcoólica
pH de 1,5 a 2,0

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