Fotoenvelhecimento é um dos principais temas da estética atualmente, devido a alta demanda por tratamentos desta afecção. Neste post, vamos aprofundar o tema a um nível mais técnico e focado a profissionais que trabalham na prática clínica de estética.

O que vamos aprender sobre fotoenvelhecimento

  • Porque o fotoenvelhecimento é um mercado promissor na estética
  • Conceito do envelhecimento cutâneo;
  • Significado do envelhecimento cutâneo;
  • Tipos de envelhecimento cutâneo;
  • As principais teorias do envelhecimento cutâneo;
  • Conceito da Escala de Glogau;
  • É possível prevenir o envelhecimento cutâneo?
  • Principais tratamentos para fotoenvelhecimento;

Porque o fotoenvelhecimento é um mercado promissor na Estética

Estamos tendo cada vez menos filhos. Garanto que se você pensar a 50 anos atrás era algo comum ter entre 5 e 10 filhos. Hoje, a média no Brasil gira em torno de 1,72. Por isso, conforme explicado no vídeo abaixo, a nossa população está ficando mais “velha” do que “jovem”, ou seja estamos em um cenário promissor para tratamentos de envelhecimento de pele e fotoenvelhecimento.

Profissionais da estética que estiverem devidamente preparados para surfar nesta demanda, com certeza sairão na frente e se tornarão referências em atendimentos de fotoenvelhecimento.

A pirâmide etária está mudando

As principais entidades de pesquisa são unânimes em apontar a predominância da população idosa no futuro próximo.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, até 2050 mais de 2 bilhões de pessoas terão a partir de 60 anos, sendo este o grupo etário com maior crescimento. No Brasil, segundo o IBGE, atualmente mais de 30 milhões já se enquadram nesse perfil. Paralelamente, aumentam as investigações acerca do envelhecimento humano, incluindo aquelas sobre as alterações fisiológicas da pele do idoso. Durante toda a vida, essas modificações são causadas pelo fator cronológico e por hábitos individuais.

Tipos de envelhecimento cutâneo

O envelhecimento da pele pode ser classificado como intrínseco ou extrínseco.

Envelhecimento Intrínseco ou Extrínseco?
Envelhecimento Intrínseco ou Extrínseco?

Envelhecimento Intrínseco

Ocorre em função da passagem do tempo, e é inevitável. Fatores como a lentidão da renovação celular e a mudança de angulação óssea, por exemplo, contribuem para que a pele fique flácida. Na face, esse quadro resulta em alterações no contorno da mesma.

Envelhecimento Extrínseco

Resulta de condições que, em geral, podem ser administradas, como ingestão hídrica e alimentação, sendo a principal a exposição solar – daí o termo fotoenvelhecimento. Do grego, photo significa “luz”, enquanto envelhecimento deriva de velho, que surgiu do latim vetŭlum (“veterano”).

Teorias do envelhecimento

Atualmente existem 6 teorias sobre o Fotoenvelhecimento

Atualmente existem 6 teorias sobre o Fotoenvelhecimento recorrente esforço da comunidade científica em entender de que forma ocorre o envelhecimento deu origem a diversas teorias. Resumidamente, as principais são:

Teoria do envelhecimento programado

Defende que o envelhecimento é motivado por fatores genéticos: as células do organismo, inclusive as do sistema tegumentar, estão geneticamente programadas para morrer após determinado número de divisões celulares.

Teoria dos telômeros

Diz que a duplicação cromossômica normal produz progressivo encurtamento dos telômeros: após certo número de divisões celulares, os cromossomos se tornam instáveis e a célula perde sua finalidade.

Teoria imunológica

Pressupõe que, conforme envelhecemos, o sistema imunológico perde eficiência em distinguir elementos próprios e estranhos ao organismo, o que favorece o surgimento de doenças autoimunes.

Teoria da reparação do DNA

Defende que a velocidade de reparação do DNA é o fator determinante para o tempo de vida de indivíduos de espécies diferentes e entre indivíduos da mesma espécie.

Teoria da glicosilação

Indica que as ligações cruzadas provocadas pelo elevado nível de glicemia e de glicose tecidular conduzem  à deterioração estrutural e da funcionalidade dos tecidos.

Teoria do stress oxidativo

Alguns pesquisadores consideram o envelhecimento como resultado do acúmulo de lesões moleculares provocadas pelas reações dos radicais livres nos componentes celulares ao longo da vida, as quais podem conduzir à perda de funcionalidade e à doença do sistema tegumentar.

Escala de Glogau

A escala de avaliação padrão do fotoenvelhecimento foi desenvolvida pelo professor de Dermatologia da Universidade da Califórnia, Richard Glogau.

Por meio dessa ferramenta, o profissional encontra os parâmetros necessários para avaliar a gravidade do fotoenvelhecimento facial e definir a abordagem terapêutica ideal.

Escala de Glogau
Escala de Glogau

De acordo com os sinais clínicos aparentes, a pele é classificada em um tipo correspondente a um grau (que pode ser leve, moderado, avançado ou severo).  

É possível prevenir o envelhecimento cutâneo?

Sendo o fotoenvelhecimento causado por hábitos e fatores externos, é possível preveni-lo. Um dos cuidados mais elementares é a aplicação de um filtro solar.

É importante que o produto escolhido seja hipoalergênico, não comedogênico, e que tenha sido devidamente testado através de pesquisas científicas.

Os fatores de proteção devem partir de 30 para FPS e 10 para PPD (o PPD deve ser de pelo menos 1/3 do valor de FPS).

Hábitos que ajudam a prevenir o fotoenvelhecimento.

Além disso, o controle ou eliminação do tabagismo e do etilismo contribuem para a melhora da saúde da pele.

A ingestão hídrica é outro fator essencial para manter o equilíbrio do sistema tegumentar, pois contribui na eliminação de toxinas e favorece a circulação.

Todos esses cuidados também devem ser recomendados ao fim de um procedimento estético, a fim de garantir manutenção e otimização dos resultados. 

Como tratar o envelhecimento cutâneo em clínicas de estética

As clínicas oferecem uma série de tratamentos estéticos para o envelhecimento cutâneo.

Peelings químicos magistrais

Esse procedimento consiste na aplicação tópica de um ou mais ácidos, com o objetivo de provocar respostas fisiológicas, desde uma simples hiperemia até a “destruição” controlada de porções da epiderme e/ou da derme.

Peelings Químicos Magistrais: Aliados contra o fotoenvelhecimento
Peelings Químicos Magistrais: Aliados contra o fotoenvelhecimento

Diversas evidências científicas mostram que o peeling químico é eficaz no tratamento e controle de diversas afecções estéticas.

Eletroterapia

Da mesma forma, a eletroterapia é empregada em tratamentos que visam a melhora do aspecto da pele. No início dos anos 2000, o dispositivo de radiofrequência foi amplamente difundido na Medicina para fins de cauterização tecidual.

De lá para cá, surgiram diversos aparelhos do tipo, que, em linhas gerais, têm a premissa de induzir o enrijecimento dos tecidos e mudanças de contorno do tegumento.

Isso se dá através do remodelamento do colágeno dérmico, sem que haja rompimento da epiderme sobrejacente.

Trata-se de um procedimento não invasivo, que oferece o mínimo de efeitos adversos possíveis aos pacientes.

Nutricosméticos

Apesar de haver um amplo debate em torno do significado da nomenclatura, parcela significativa dos autores concorda que a denominação representa a combinação do conceito de alimento, fármaco e cosméticos.

São produtos de administração oral, produzidos com finalidade estética, e podem se apresentar na forma de pílulas, líquidos, alimentos ou comprimidos, que complementam o tratamento tópico.

Conclusão

Dado o aumento da população idosa e a crescente de fatores externos que impactam no fotoenvelhecimento, a busca por procedimentos que amenizem esse quadro é cada vez maior.

Por consequência, os profissionais da estética precisam de respaldo científico que lhes guie na definição de abordagens terapêuticas e protocolos, evitando efeitos indesejados em seus pacientes.

Afinal, resultados eficientes e sadios são a prova de que uma clínica estética é comprometida com a Ciência.  

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